terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A RODA DAS PROXIMIDADES




Nas "rodas" nas quais a vida se incumbe de reunir os afins,  numa dessas rodas, pela constância nela de certa pessoa,  inadvertida e impulsivamente (por romantismo talvez) coloquei o coração numa bandeja. Ofereci-o sem pudor algum: "Tenho-te carinho de irmã". A resposta veio-lhe no sorriso zombeteiro que, matreiro, escapou-lhe da alma. Fingi não o perceber; contudo, seguiu-se lhe a expressão do olhar (que sabia como ninguém manter velado, de modo a resguardar-se de ter expostas as emoções verdadeiras).
Acredite no que te vou dizer: às vezes, vejo a alma das pessoas. Vi (também, na filha sangue do seu sangue, que nos estava próxima) o tanto  de   descrença e de desconfiança que depositou nas palavras ditas com tanto sentimento.
Sofri um pouco do sofrimento dos românticos que, anseiam por dividir-se! Mas, também lhes tive dó, à  aridez das suas almas! 
Mantenho-me romântica, estado que aprecio; porém, abstenho-me de apregoar o tamanho dos meus sentimentos. 
Nestes tempos natalinos, no entanto, quando os sentimentos bons nos afloram à alma, recaio no velho hábito. Digo aos amigos queridos (aqueles que em tendo lhes aberto as portas da minha alma, por ela entraram confiantes): "Ofereço-vos  a minha gratidão e sincero bem-querer. Agradeço aos céus o terem cruzado o meu caminho".
A todos (aos que saíram da "roda" e aos que continuam nela), desejo um Natal de luz e de paz, com o Rei (Jesus) no coração. À Vera.

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